quarta-feira, 25 de março de 2009

Trajes de romeiros


Traje Feminino (início séc. XX)
A camisa de linho de corte tradicional, com decote e punhos guarnecidos com folho bordado. É bordada a ponto vermelho sobre o peito, ombros mangas e punhos. A saia à de tecido preto “baetilha” com ampla roda, franzida na cintura e decorada na barra com veludo e bordados de vidrilhos e fitas. Colete de rabos, vermelho, preto ou estampado com motivos florais, ajustado na frente com cordão. O avental pequeno de tecido de lã manual, decorado com motivos geométricos, orla guarnecida com uma tira de lã preta recortada. Usa uma algibeira de onde pende o lenço ricamente bordado. Na cabeça, lenço de tule branco bordado, com as pontas soltas, coberto por um chapelinho de feltro, guarnecido com fita preta de pontas pendentes atrás e pequeno espelho na frente. Calça meias rendadas de algodão branco e chinelas pretas. Sobre o peito, as tradicionais peças de ouro, fio de contas, cordões, cruzes, medalhas e nas orelhas pendem brincos “à rainha”.
Traje do Homem (séc. XIX)
Camisa de linho com cós pequeno, apertada no peito, com carcela e peitilho decorado com bordados a ponto cruz vermelho, sublinhado a preto, tradicionalmente efectuados pela noiva, “conversada”. Sobre a linha da cintura era bordado o nome do rapaz ou a palavra “amizade”. A manga da camisa era comprida terminando com punho. Calça comprida ajustada na cintura com faixa vermelha para os solteiros ou preta no caso dos casados. Veste colete de fazenda de lã ou jaqueta preta com gola e alamares de prata, com bolsos e mangas debruados.
No pescoço lenço de “namorados” ou de “pedidos” de tecido branco de algodão, bordado com motivos florais, era revelador do comprometimento do rapaz para com a rapariga que o ofereceu. Sapatos de vitela revirada ou pretos. A indumentária do homem não estaria completa sem o chapéu, inseparável na protecção da cabeça e o pau, com a dupla função de arma de defesa ou de apoio para descanso.
Rui Ribeiro, nº 18

Traje de lavradeira


Sobre a alva camisa bordada de azul, nos punhos, nas frentes e nos ombros, a mulher minhota enverga um colete que exerce a função de espartilho. Os cortes vincam as formas do corpo, a altura do colete e a amplitude das cavas atribuem-lhe grande comodidade, pois permite um melhor movimento dos braços. Por outro lado, a orla do colete segue a linha do diafragma, favorecendo a respiração. O colete é profusamente decorado por bordados policromáticos de gosto barroco. A saia, rodada e de grande amplitude, é marcada por uma larga barra bordada com os mesmos motivos silvestres e românticos do colete. O avental franzido é decorado com “puxados” que recriam um magnífico jardim em relevo. A algibeira reforça a beleza da mulher com a sua forma de coração, tendo como utilização prática o transporte de dinheiro e do lenço.
A mulher minhota calça meias de renda brancas e chinelas de pele bordadas com motivos florais vegetais e geométricos. Na cabeça usa um lenço de fundo vermelho com barra estampada com motivos florais, vegetais e cornucópias.
Rui Ribeiro, nº 18

Traje de lavradeira

O Avental – Antigamente os aventais não apresentavam quaisquer bordados eram muito simples, com o tempo estes apresentam mais riqueza, surge as figuras geométricas como os losangos, triângulos e quadrados.

Os Lenços – Em 1880 os lenços nacionais foram abandonados por unanimidade, visto serem incomparavelmente menos vistosos que os lenços austríacos, com 4 variantes: vermelho, roxo, verde e amarelo, todos estes com o mesmo tipo de desenho.

O Colete – Naturalmente, o bordado manual dos coletes mais antigos eram simples, cortados em baeta azul, com cinta de veludo preto, apenas debruado a fitilho por meio de cordões, gradualmente vão sendo cada vez mais bordados, a missangas brancas e fios de seda (folhas e flores em especial cravos).

A Algibeira – Num trabalho minucioso, de autêntica paciência as algibeiras passaram abruptamente da forma rectangular para a cordiforme, acompanhando o labor dos coletes.

A Saia – Por volta de 1900, a barra das saias apareceu com a parte superior levemente bordada a branco - uma silva, como lhe chamavam, minuciosa e perfeita, - que, pouco a pouco, se foi alargando e hoje nos aparece como representando grandes malmequeres.

As Chinelas – Chinelas eram de veludo preto, liso ou com um laço. Posteriormente passaram a ser pretas e bordadas a branco ou de verniz.

Rui Ribeiro, nº 18

quarta-feira, 4 de março de 2009

Serra


Este instrumento tradicional servia para sarar madeira.
João Pedro, nº 14

Focinhou




Servia para cortar palha ou erva para o gado.
João Pedro, nº 14

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A lenda do penedo da Moura

Os nossos avós contaram-nos que no seu tempo, as pessoadeslocavam-se todas as noites até ao cimo do monte desencantar a moura. Para o efeito, íam munidos de livros, amoletos e outros objectos.
Mas todas as pessoas fugiam pela montanha abaixo pois ouviam sons e barulhos muito esquesitos e ficavam cheios de medo.
É por isso que as pessoas dizem que existe lá uma moura encantada.

Canga


A canga tinha as mesmas funções do jugo, só que está apenas adaptado para um único animal. Servia para puxar utensílios que precisavam de um trabalho mais leve, como o sachador .
João Pedro, nº 14

Arado


Servia para lavrar a terra, se mudássemos a peça principal tinha outras funcionalidades.
João Pedro, nº 14

Jugo


Este é um jugo de duas brochas. Servia para pôr no cachaço dos bois para puxar outros instrumentos agrícolas, nomeadamente o carro ou o arado.
João Pedro, nº 14

Carro de bois


Este tipo de carro era puxado a bois.
Servia para transportar alimento para os animais, os cereais dos campos, trazer uvas das vinhas…
João Pedro, nº 14

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Tradições de Pousada

Em Pousada de Saramagos realizam-se festas em honra de Santa Apolónia, na semana após a Páscoa, durante três dias, e de São Martinho, a 11 de Novembro.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Lenda do Diabo

Havia uma familia que andava a passear e a sua filha viu um gato muito bonito e pediu ao pai para o levar para a casa deles.
O pai disse á filha para o tentar apanhar e a filha foi atrás do gato.
Mas quando tentava apanhar o gato ele já estava no outro lado e quando foi ao outro lado ele já estava no outro lado.
Disse, então, o pai à filha: "Deixa lá filha é diabo".
E o gato levantou-se e começou a chiar e desapareceu no ar.
Francisco, nº 11